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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Pedro Velloso

Brainstorming sobre sonhos

Tá ai uma coisa muito engraçada, sonho.

Sonhar é algo intrínseco ao ser humano. Sonhamos todo dia ao dormir, lembrando ou não, todos nós sonhamos. Mas não vim hoje falar desse tipo de sonho. Vim aqui falar daqueles sonhos que temos acordados.

Jamais conseguiria contar quantas vezes sonhei e planejei algo. Esse algo parecia a melhor ideia do mundo, sem falhas, sem erros, difícil, mas não impossível. Até que algo, ou alguém, tente matá-lo. Geralmente será de forma sutil, quase imperceptível, você ouvira algo como: “mas você tem certeza?”, “mas você acha mesmo que isso vai dar certo?”, “nossa eu jamais faria isso”, ou o irônico “boa sorte”.

Esse é o ponto que grande parte dos sonhos são mortos, mas porque deixamos nossos sonhos morrerem ali, antes mesmo de virarem embriões na nossa mente? Para achar uma resposta, eu voltarei anos, até a infância e adolescência de todos nós.

Quem nunca teve um professor, pai, mentor, amigo, inimigo, ou aquela vizinha tagarela chata que toda vez que você ia fazer algo estranho (leia criativo), reclamava, falava que ia dar errado, que ia se machucar, que não devia fazer isso. Nesse momento, exatamente ali, nós começamos a temer concretizar nossos sonhos.

A vida foi passando, e fomos advertidos, e muitas vezes impedidos, de realizar os pequenos e ingênuos sonhos infanto-adolescentes, até que sem ver, nós mesmos começamos a nos advertir e impedir de realizar os sonhos que não seguem as tendências pré-colocadas pela sociedade.

Chegamos finalmente a vida adulta, quadrada, pré-moldada, baseada em tudo aquilo que foi colocado em nossas cabecinhas. Agora achamos que, se tentarmos, vai dar errado, vai ser impossível, melhor, então, nem tentar. Assim, toda vez que um sonho meio louco surge, nem temos trabalho de analisar a viabilidade ou quanto trabalho para torna-lo realidade seria necessário, a programação diz: desista! E quando isso não acontece de forma automática, as pessoas ao redor com a mesma programação nos lembram disso e imediatamente nós mesmos matamos o sonho.

Somos matadores de sonhos. Uns matam mais os próprios, outros mais os dos outros, mas de maneira geral fomos educados para matar sonhos. E as consequências disso? Passamos a viver num cemitério cheio de fantasmas, onde sou (todos somos) assombrado e forçado a conviver com os Fantasmas dos meus sonhos não vividos.

Fonte da Imagem: weheartit

Pedro Velloso

About Pedro Velloso -

Escritor de horas vagas. Deixando os pensamentos formarem ideias e, constantemente, exercitando a criatividade do pensar livre.

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1 comentários:

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Guilherme
AUTHOR
19 de fevereiro de 2016 às 07:01 delete

Muito bom!
De fato é algo pelo que muitos nós passamos.
As pessoas enchem o cemitério de sonhos enquanto cavam sua própria sepultura de comodismo e estado de conforto.
Resultado? Falta de realização e culpa pro resto da vida.
Por mais difícil que seja, devemos persistir sempre!

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