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quarta-feira, 4 de julho de 2018

Pedro Brant

Brainstorm sobre Tempo

Quanto vale um minuto? Qual a importância dessa fração de hora? Me peguei pensando isso, e instantaneamente fui ver quanto ganho por minuto. Algumas contas depois chego a algumas moedas e, bem, temos um valor. Mas ao mesmo tempo que consegui um valor percebi que não era esse valor que buscava.

Afinal, quanto realmente vale um minuto?

Vamos reformular.

Quanto você está disposto a dar por mais um minuto na cama segunda de manhã, por um minuto a mais com quem você ama, por mais um minuto com seus filhos, família, amigos? Pensando assim fica fácil abrir mão daquelas moedinhas né? Ou pelo menos a tentação aparece certo?

Tempo é uma moeda poderosa, única e especial. Tempo é algo que todos nascemos com uma poupança e não sabemos quanto tem nela. Vamos usando ao longo da vida, muitas vezes como se não tivesse fim. Olhando dessa forma é como se vivêssemos nossa vida como uma constante permuta, estamos sempre trocando tempo por coisas que precisamos, queremos, desejamos... Pera, precisamos? Mesmo?

Tempo vale ouro é uma frase velha e falsa. Não existe ouro com poder para comprar aquilo que o tempo pode comprar e, mesmo assim, muitas vezes acabamos trocando nosso tempo por coisas que não valem, não merecem o nosso tempo. Nós valorizamos muito pouco o quanto vale o tempo. Não existe presente mais belo que o tempo, dar seu tempo a alguém é a maior prova de amor que você pode dar, seja a pessoas com vínculos próximos ou apenas ceder seu tempo para ajudar a alguém.

Tempo não volta, não tem reembolso, nem empréstimo. Só mesmo nossa poupança invisível, esgotando a cada minuto usado. Na sociedade atual o que fazemos é uma troca, como trocar moeda numa casa de câmbio. Cedemos tempo, ganhamos dinheiro, e com esse dinheiro queremos melhorar o tempo que sobra. Parece idiota dizendo assim né?

Por que alguém iria jogar fora tanto tempo por um tal de dinheiro que deixa o tempo que sobra melhor? Não é melhor ter mais tempo? A melhora do tempo que sobra compensa tanto a ponto de vendermos tanto tempo assim?

Estas perguntas são sem sentido, principalmente se pensarmos que muitas vezes não escolhemos. Assim como comprar moedas em casas de câmbio, ficamos sujeitos as cotações que querem pagar por nosso tempo, e sem o tal do dinheiro não podemos usar de maneira mínima nosso tempo. É uma eterna armadilha giratória, na qual estamos presos vivendo.

Mas, de novo, seus minutos valem as moedinhas? E se ao invés de ter aquele item de última geração, eu passar 6 horas a mais em casa com minha filha por semana? E se ao invés de ter um carro, eu tivesse mais condições de encontrar com meus amigos aos sábados? E se no lugar de uma casa maior eu pudesse passar 24h a mais com quem amo por mês? E se?

Não é só como as coisas funcionam que dizem como vamos vender ou gastar nosso tempo, nossas escolhas também dizem muito. Não podemos deixar de vender o tempo, mas podemos decidir como é melhor vendê-lo e o que faremos com os frutos desta venda. Nosso tempo é nosso, apenas nós definimos como e com quem usá-lo.

Cada um transforma seu tempo de maneira diferente, esta é a beleza humana, somos singulares, únicos, isso nos permite pensar em infinitas maneiras de usar o tempo que nos sobra. Basta sermos criativos. Sabermos o que realmente importa. O que e quem realmente merece nosso raro, único, e especial tempo.

Cada minuto dado a alguém vale mais que qualquer um de nós jamais conseguiria imaginar. Só posso desejar muitos minutos a todos.

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