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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Pedro Brant

O ano com cara de década

O ano com cara de década. Nunca em 365 dias neste meu quarto de século de vida eu passei por tantos acontecimentos diferentes. Quando prometi que não viveria no próximo ano na zona de conforto não esperava que fosse sem tão turbulento, mas só digo uma coisa, o “cantinho quentinho” tá frio de tanto tempo que nem sento lá.

Não vou contar dia 1 de janeiro com marco da virada, mas dia 17/12/15 o dia que me tornei engenheiro, também não vou pensar cronológico, afinal isso não é retrospectiva, é reflexão. Hoje completo um ano como engenheiro formado. Nesse tempo descobri como o mercado é cruel com recém-formados, como concorrências estão fortes e bem armadas. Descobri também como engenheiro é versátil adaptavél a quase tudo, e assim chegamos ao ano década, adaptando e reinventando a vida.

Nesses ultimos 365 dias exercitei meu poder de adaptabilidade ao extremo. Aprendi a me mudar no sentido literal, e com constância. Me desenvolvi em várias novas funções; comecei projetos diferentes; me mudei quatro vezes; perdi uma família, mas encontrei outra; fiz meu primeiro ano de namoro; encontrei pessoas sensacionais, algumas duraram muito tempo, já outras tiveram rápidas passagens, afinal a vida é passageira, assim como o tempo de intersecção de cada um de nós; entrei na empresa dos sonhos; descobri capacidades ocultas do meu ser, com algumas várias maozinhas amigas; criei considerações; perdi ingenuidades; moldei um novo futuro.

Foram “trocentas” coisas, quando parei para pensar achei que tinha sido um ano de perdas, choros e derrotas. Elas realmente existiram aos montes, algumas muito pesadas, outras muito cruéis, algumas muito inexplicáveis, mas elas foram parte do todo, pois sem os não das entrevistas, sem todos os perrengues que passei não seria capaz de achar o tudo de bom que me aconteceu. Transformei tanto problema em combustível, e assim criei os sims que recebi, achei os novos amigos que fiz, corri atrás dos vários conhecimentos que agreguei, tudo graça essa resiliencia adquirida.

Além de ver minha vida mudar de rumos algumas vezes, eu vi o mundo me mudar algumas vezes, me tornei uma pessoa realmente mais politizada, consciente das várias facetas diferentes, com opiniões proprias que parecem um frankenstein, mas que são minha convicção do mais correto.

Presidentes cairam, xenofobias cresceram, preconceitos sairam dos armários a luz do dia como algo comum, presenciei o caos crescendo devagar sobre nós com o nome de opinião, várias mortes, algumas muito lamentadas de pessoas que nunca ouvi que existiam, outras de grandes nomes. E vamos admitir, esses vários acontecimentos testam nossas reações e são um autoconhecimento de nossas prioridades, e as minhas ficaram mais claras com essa década de acontecimentos em 365 dias.

Sabem, eu me perguntava quando a gente sentia que tinha passado da adolescencia para a fase adulta, depois deste um ano engenheirando sinto que terminei de cruzar a linha e realizar a transição daquele jovem adulto cheio de sonhos e ideias, para um jovem engenheiro cheio de planos e objetivos. Sei que para muitos soará a mesma coisa, mas acredite a conversa entre essas duas pessaos seria muito interessante, pois em quase nada concordariam e de quase tudo discordariam.

Mas acredite, não foi o autoconhecimento o ponto máximo desse ano, apesar que ele se encontra em segundo lugar. O grande marco deste ano foi descobrir a importância e a função de cada um que me cerca, descobri as pessoas que são empáticas e confiáveis, e pude contar com eles em cada problema diferente, e a eles devo dedicar a sobrevivência incólume a este ano.

Que venham os próximos 365 pois estou pronto.

Pedro Brant

About Pedro Brant -

Escritor de horas vagas. Deixando os pensamentos formarem ideias e, constantemente, exercitando a criatividade do pensar livre.

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