Amor. Tá ai uma coisa difícil, complicada, as vezes, até
temida, mas por aqueles que realmente o encontram, eis uma coisa que não
conseguem mais viver sem.
Há quem diga que não se encontra o amor, o amor te encontra,
há quem diga que o amor se faz e se constrói. Eu já acredito que amor sempre
está contigo, só nos cabe percebê-lo.
Não fez sentido? Ok, vou explicar melhor.
Desde o nascimento você ama algo. Sua mãe, sua chupeta, seu
cobertor, independente do que for você ama, mas ainda não é capaz de distinguir
o amor.
Crescemos amando, mas ao mesmo tempo sofrendo com a
doutrinação do amor idealizado, platônico, apaixonante, o mesmo presente na
literatura e nos dramas românticos, aquele amor que não tem linha divisória da
paixão.
Esse amor idealizado existe em várias formas como, por
exemplo, em torcidas de futebol que não aceitam derrota, pois não era o
esperado. Ou naquele viciado em séries que não aceita o final da série que
estava assistindo.
E quando se trata de amor idealizado em relacionamentos? Ele
vem sempre acompanhado de grandes expectativas, muitas vezes falsas e algumas
absurdas. Se as coisas não acontecem conforme as expectativas, elas vão ruindo,
desgastando, até acabarem.
Agora, pare. Pense comigo. Sabe aquela comida que você ama?
Aquele desenho da sua infância? Aquele episódio da sua serie favorita? Aquela
professora (tia) do primário?
Você ama ou amou tudo isso, inocentemente, sem se deixar
infectar pelo falso amor platônico idealizado. Mas, e quando você acaba amando
dessa mesma forma inocente alguém?
A principal diferença do amor inocente é que ele cresce e
evolui ao natural, pois não se conhece o caminho, e assim cada passo é uma
evolução, um aprendizado, cada queda é contornada, e cada desvio é encarado com
normalidade. Pode-se até ter um objetivo a ser alcançado, mas não é artificial,
é algo que surge junto com o relacionamento.
O amor puro, natural, não te impõe expectativas, não tem
exige viver numa falsa realidade, pois você conhece e aceita essa realidade
como ela é. Você ainda reconhece esse amor? Ou esse conceito se perdeu ao longo
da sua vida? Você consegue perceber onde você apenas ama e onde você idealizou
o amor?
O grande desafio é vencer o conceito pré-estabelecido. Viver
amando porque está amando e não porque sente a obrigação de amar. Deixar com
que as coisas aconteçam porque elas querem acontecer. Vencer os estereótipos de
amor e deixar sua mente resgatar o amor da infância.
2 comentários
Write comentáriosVivemos uma vida tão atribulada: com correrias, expectativas, ambições, e muitas vezes não conseguimos deixar que o amor aconteça. Mais tarde as pessoas querem alguém do lado, um amor verdadeiro e acabam aceitando qualquer "amor" para não ser confinadas a morrer sozinhas.
ReplyAceitar qualquer amor não deveria ser tão ruim assim, afinal, o que que tem canalizar nosso amor por alguém em outra pessoa?
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